30 de janeiro de 2012

PJ lança Subsídio de Estudo

O mês de janeiro de 2012 ficará marcado na história da Pastoral da Juventude. Além de realizar o seu décimo encontro nacional (ENPJ), com a presença de mais de seiscentas lideranças e assessores de todo o Brasil, a PJ aproveitou a atividade e lançou, nas terras de Maringá/PR, o subsídio de estudo denominado “Pastoral da Juventude: um jeito de ser e fazer - Somos Igreja Jovem”.
A construção do subsídio teve a contribuição coletiva de muitas mãos, mãos de jovens e assessores de todo o Brasil, que durante todo o ano de 2011 debruçaram-se para aprofundar os temas necessários para o subsídio.
A publicação traz em seu conteúdo elementos importantes para a caminhada evangelizadora da Pastoral da Juventude, como a história, a identidade, a missão, os princípios, a espiritualidade, entre outros assuntos. Dá destaque especial aos seis projetos nacionais e aos itens sobre a organização da PJ.


Para o jovem Thiago Silveira, da arquidiocese de Fortaleza/CE, “a publicação é sem dúvida um marco para nossa caminhada pastoral. Não somente para o grupo que estava no ENPJ, mas para todas as outras mãos que ao longo da história ajudaram a escrever a vida da Pastoral da Juventude.” A jovem baiana Deisy Rocha, de Vitória da Conquista/BA, destaca que “a publicação chegou em um momento muito bom para nossos jovens, pois em meio a tantas formas de  manifestar a fé no Cristo Ressuscitado, a PJ vem oferecer com este material elementos que reafirmam a identidade, a espiritualidade, a nossa missão e acima de tudo nosso jeito particular de Ser Igreja. Jeito este que é desafiador, alegre, comprometido e que busca estar junto dos mais necessitados.”
Destaca-se também o processo que a PJ quer desencadear nos próximos anos, por isso, optou em publicar o material como subsídio de estudo. Pois quer, ao longo dos próximos dois anos, desencadear um processo de estudo e aprofundamento, para que, na sua próxima atividade deliberativa (Ampliada Nacional, em 2014), seja aprofundado todo processo de estudo realizado pelos milhares de jovens e assessores organizados como PJ no Brasil.
A Coordenação Nacional e Comissão Nacional de Assessores da PJ deseja que todos os envolvidos no processo de evangelização juvenil possam contribuir com este material, sejam eles jovens ou assessores, leigos, leigas, bispos, padres ou religiosos, pertencentes a coordenações e assessorias regionais, diocesanas, paroquiais ou comunitárias, Congregações Religiosas, Centros e Institutos de Juventude, Pastorais Sociais, Movimentos Eclesiais Juvenis e outras organizações ou expressões juvenis. E é nesse sentido que todos estão convidados a enviar contribuições, sugestões e revisões ao material. A sugestão é criar momentos de estudo para debater o conteúdo e enviar suas contribuições ao e-mail publicacoes@pj.org.br.


Nesse caminho de preparação à Ampliada Nacional da PJ, em 2014, e de estudo deste subsídio, além de receber as contribuições no e-mail, também haverá outros passos de avaliação e análise. Portanto, serão disponibilizados no site da PJ (www.pj.org.br) formulários para o envio de contribuições, a partir de fevereiro de 2012.
Durante o ENPJ foram distribuídos para todos os estados mais ou menos 18 mil exemplares da publicação. O objetivo é que cada diocese e cada grupo possam ter acesso à publicação, aprofundando-a em sua realidade. “No desejo e na esperança de que muitos possam ter acesso a essa obra e contribuam no seu aprofundamento e atualização nos grupos de jovens em toda realidade brasileira”, diz Pe. Maicon Malacarne, da Diocese de Erexim/RS
Todo este processo de impressão e distribuição da publicação foi feito em parceria com a Editora FTD, que além de apoiar esta iniciativa, também colaborou com o Encontro Nacional da PJ.
Além de tudo isso, a publicação contém em si um momento e uma época no percurso da caminhada da Pastoral da Juventude, rumo à construção do Reino de Deus. Um registro da identidade e da ação de uma pastoral movida pelo compromisso histórico com os jovens empobrecidos, sujeitos da novidade e dos direitos.  
A convocação da PJ é que todos e todas sejam multiplicadores da Boa-Nova e do material junto aos jovens, tratando-o como subsídio de estudo, contribuindo na formação dos jovens dos grupos e no processo a ser vivido até a Ampliada de 2014. 
A convocação é antes um apelo a seguir juntos, na fidelidade ao projeto de Jesus, construindo sempre nossa história com muitas mãos e em mutirão.


Joaquim Alberto Andrade Silva
Comissão Nacional de Assessores/as da Pastoral da Juventude

29 de janeiro de 2012

Roda de Conversa da PJ durante o FST

O Fórum Social Temático (FST) que aconteceu esta semana em Porto Alegre (RS), dentro do processo de Fórum Social Mundial, tem como tema a “Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental” e é uma etapa preparatória para a Cúpula dos Povos na Rio+20. 

A Pastoral da Juventude (PJ) na luta contínua por um mundo mais solidário e digno a todos/as realizou durante o Fórum Social Temático (FST), uma roda de conversa sobre políticas públicas para a juventude (PPJs).


A atividade realizada pelos Projetos Nacionais da PJ “A juventude quer Viver” e “AJURI” na última quarta-feira (25) na paróquia Nossa Senhora das Dores, em Porto Alegre, reuniu jovens pejoteiros/as de diversos estados presentes no Fórum. Durante a roda de conversa, foi partilhado e debatido o envolvimento da PJ no processo da 2ª Conferência Nacional da Juventude e de PPJs para as comunidades tradicionais do Brasil. Também foi reafirmado o compromisso por políticas públicas que garantam a vida integral para a juventude.


PJ presente no Fórum Social Temático

A tradicional Marcha de Abertura que oficialmente dá início a programação do Fórum também teve a participação da Pastoral da Juventude. Jovens dos diversos estados organizados na PJ se somaram a cerca de 30 mil pessoas que ocuparam as ruas de Porto Alegre na terça–feira, dia 26, em marcha contra o projeto de sociedade que gera injustiças e mortes em todo o mundo. 

Com suas bandeiras e camisetas, a PJ defendeu mais uma vez a vida da juventude, por meio do grito “Chega de violência e extermínio de jovens”. Para Uilian Dalpiaz, secretário regional da PJ de Santa Catarina e participante pela primeira vez no Fórum, “a participação da PJ no Fórum destaca a importância da mesma em se fazer presença em espaços que lutam pela efetivação da garantia e defesa dos direitos de todos/as, em especial a juventude”.


A PJ também participou na quinta-feira (26) de uma roda de diálogo no que se refere à construção do processo de juventudes rumo à Cúpula dos Povos e Rio + 20. Já no sábado (28) a presença se deu na  Assembleia dos Movimentos Sociais presentes no FST. A assembléia encaminhou mobilização comum contra o capitalismo e por mais justiça ambiental e social parao dia 5 junho. O objetivo é marcar posição sobre a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. E  a PJ mais uma vez afirma seu compromisso com os espaços que assumem a construção de outro mundo possível.

27 de janeiro de 2012

Abertura do Fórum Social Temático 2012

As ruas do centro de Porto Alegre foram transformadas em palco para diversos movimentos e órgãos organizadores e participantes do Fórum Social Temático 2012. Este ano, o FST tem como tema "Crise capitalista, justiça social e ambiental" e as atividades acontecerão em diversas cidades da região metropolitana.
A PJ se fez presente durante a caminhada de abertura. Confira algumas fotos:











23 de janeiro de 2012

Relatos do 10º ENPJ...

Buenos Aires 19 de janeiro de 2012

Estou aqui desfrutando de uns dias de descanso junto aos meus, e pensando na semana anterior, onde tive a graça de participar do 10°ENPJ na cidade de Maringa PR é que me decidi a escrever algumas impressões. 

Antes de tudo quero agradecer a toda a delegação Gaúcha pela alegria e o compromisso demonstrado no ENPJ para com a PJ/RS como de todo o Brasil.

O entusiasmo já começava a tomar conta desde dias antes do encontro em si, onde a ansiedade pela viagem ia tomando conta de todos nós, e o que falar da viagem bonita (embora cansativa) que passamos juntos.

Ao chegar a Maringá fomos recepcionados por um grupo com muita alegria, digno de alguém que ama ser pejoteiro... Os dias seguintes não foram outra coisa que a manifestação do amor de Deus para com os jovens. Momentos de partilhas, de danças, de cantos, de oração, de fortes emoções e por, sobretudo, momentos de colocar nossa vida a serviço do Reino para uma nova Civilização do Amor.

Fica como lembrança forte no meu coração a alegria de tantos jovens que seguem o caminho de Jesus Cristo com um forte compromisso para aqueles que são mais pobres e injustiçados, uma Igreja que quer ser missionária, que quer ser escutada que quer ter “voz, ter vez, lugar...” Porque comungar SIM que é tornar-se um perigo; perigo frente a uma Igreja que quer calar a esses que são os protagonista da historia presente, perigo frente a uma sociedade que só busca o prazer momentâneo e não respeita o processo de cada individuo, perigo frente a um sistema de exclusão onde sempre os únicos favorecidos são os poderosos e os que mais tem.

Por isso é que venho a dizer que estou muito feliz com o resultado do encontro, porque vi uma Igreja jovem e atuante, uma Igreja que é protagonista e não fica calada, uma Igreja que quer ser partilha; porque comungar é isso, é se fazer pão para aquele que está necessitado...

Peço ao bom Deus que sempre abençoe essa bonita juventude, que sempre os tenha como “menina dos seus olhos”, que como adultos saibamos reconhecer o jovem como realidade teológica onde possamos experimentar o amor de Deus em cada olhar deles e que eles enxerguem em nosso olhares um compromisso para com a causa do Reino.

Parabéns a toda a Juventude Brasileira por esse bonito Encontro e por sobre todo por ser portadores de uma esperança que se fundamenta em Aquele que é a nossa única esperança!

Paz e Bem para todos!
Alberto Chamorro – Assessor da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Santa Maria RS.

22 de janeiro de 2012

Ir-ser-estar em Missão...

A terça-feira de 10 de janeiro, aqui por terras paranaenses começou cedo: a reza professada de um jeito bem gaúcho nos embalou pelas vozes que entoavam o ânimo e a beleza de se descobrir em missão. Partimos em um pequeno grupo para uma pequena cidade próxima a Maringá, com apenas 4000 habitantes e que transbordava cheiro de terra molhada. A acolhida, o sorriso, o abraço de cada um e cada uma que nos recebia na paróquia da cidade nos reafirmavam a certeza de sermos irmãos e irmãs de igreja, de caminhada e de sonhos. De lá, parti com mais alguns companheiros/as para o lugar onde o sol brilha forte, o dia começa mais cedo, a fruta cai do pé e tem gosto, cheiro e sabor. A Vila Rural, um assentamento de um projeto de “reforma agrária” do governo do Estado do Paraná, é um pequeno lugarejo, regado de histórias, de gente, de trabalhadoras e trabalhadores da colheita da laranja, dos abatedouros de Maringá, de gente também missionária que se apresenta como povo de Deus na caminhada das Comunidades Eclesiais de Base. A visita nas famílias, o sabor diferente da comida, o pé na terra, as cercas puladas, o sol a pino, os medos enfrentados para atravessar um mato que me cobria até os cabelos... As frutas com nomes diferentes, o papagaio chamado de mutuca, a criação do bicho da seda, o balanço que é balango. Estar no campo me preenche como se sempre estivesse e quisesse estar ali. Presenciei a vida que brota da terra com o suor de mulheres e homens, guerreiros e guerreiras explorados/as pelas más condições de trabalho e pelas empresas que usufruem dele para dar bem estar aos que estão lá longe. Uma menininha de nove anos acompanhava a mim e a meu companheiro paraense de missão; menina esperta que me marcou pela coragem de dizer com forte convicção: “quero ser professora quando crescer!” E depois ao se despedir com um abraço forte também disse que iria ser da PJ e viajar por um monte de lugares e que me visitaria em Porto Alegre. A comida partilhada por aqueles que pouco tem, mas muito são, me colocou na reflexão de minhas opções de vida. Os grupos de jovens da comunidade com seu jeito próprio de ser pejoteir@ me colocaram o questionamento se nossa ação pastoral realmente está sendo efetiva e principalmente afetiva.

Ao ouvir de cada pessoa que nos acolhia como era bonito o nosso trabalho, me descobri como missão permanente e me enchi da esperança... Esperança aquela que brota do povo sofrido que apesar da lida dura não deixa de crer na boniteza da vida. Apesar de estar numa terra em que nunca antes havia pisado, senti que o sol que brilha por aqui também é o mesmo que brilha de Belém do Pará à Porto Alegre. E que a missão de construir o Reino de Deus não se faz nem só no perto nem só no longe, nem só entre os desconhecidos ou entre os conhecidos, mas em qualquer pedaço de terra em que ecoa o grito por uma vida nova.

Ao fim do dia, o cansaço físico, os arranhões e as picadas de formiga não superavam a alegria e o sentir-se bem que os ares do campo e de seu povo me fizeram, e me deram o ânimo para continuar caminhando e celebrando a vida por ora com os companheir@s pejoteiros que estão aqui no 10º ENPJ. Põe-se o sol, (re)começa a festa e recompõe-se o corpo e a alma pra mais um dia de encontro e de ser missão.

Maringá, 11 de janeiro.

Tanise Medeiros

Marcha de abertura do Fórum Social

Pejoteiras e pejoteiros!

Está chegando o Fórum Social Temático em Porto Alegre e região metropolitana!

Na terça-feira, dia 24 a partir das 14h30min acontecerá a Marcha de Abertura do Fórum e a Pastoral da Juventude não pode ficar fora dessa! É momento de tomarmos as ruas do centro da capital com nossas cores, vozes, bandeiras ecoando a todos os cantos que OUTRO MUNDO É POSSÍVEL!

Levem suas bandeiras, camisetas, cartazes e vamos juntos e juntas gritar CHEGA DE VIOLÊNCIA E EXTERMÍNIO DE JOVENS!

O que? Marcha de Abertura do Fórum Social Temático
Onde? Largo Glênio Perez (em frente ao Mercado Público no centro de Porto Alegre)
Quando? Dia 24 (terça-feira), concentração a partir das 14h30min!

"Somos Pastoral da Juventude, outro mundo é possível, vamos fazer!"

20 de janeiro de 2012

PJ na ciranda por Políticas Públicas de Juventude

A Pastoral da Juventude na contínua luta pelos direitos e pela vida plena da juventude, realizará no dia 25 de Janeiro uma ciranda no Fórum Social Temático, em Porto Alegre.

Neste espaço refletiremos a atual conjuntura das PPJs no nosso país à luz da Segunda Conferência Nacional de Juventude, realizada em Brasília de 09 a 12 de Dezembro de 2011. Além de debater também sobre as políticas públicas para a juventude das comunidades tradicionais do Brasil, com o auxílio de dois dos projetos nacionais da PJ: A Juventude quer Viver, que vai ao encontro da bandeira de luta da Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens e com a atuação de nossos jovens nos Conselho Municipais, Estaduais e Nacionais de Juventude; AJURI, um projeto que trás para nossos jovens um olhar sobre a realidade sociocultural das comunidades tradicionais brasileiras, e portanto, esta sempre preocupada com a defesa dos direitos destes. 

Sendo assim, é de suma importância que a Campanha Contra a Violência e o Extermínio de Jovens, o projeto AJURI, bem como a Pastoral da Juventude como um todo, façam-se presentes no Fórum Social Temático, sob a luz de justiça social e ambiental. Queremos que os gritos de nosso juventude ecoem pelas ruas de Porto Alegre nesta semana, e de lá, repassem por bocas e ouvidos da juventude de norte a sul do país.

Nosso encontro será realizado na paróquia Nossa Senhora das Dores, na R. Riachuelo nº 630. Para quem vem da rodoviária pode pegar o trem e ir até a estação Mercado Público, lá subir a Av. Borges de Medeiros até a esquina com a Riachuelo, dobrar a direita na Riachuelo e seguir sempre reto que depois de umas 5 quadras até a casa paroquial. Nossa atividade inicia as 10h

Então chamem todos os/as pejoteiros/as e demais jovens interessados da temática e entrem conosco nesta ciranda!


 “Vamos gritar, girar o mundo, chega de violência e extermínio de jovens” Mártir Padre Gisley

Avaliação da PJ na Conferência de Juventude

Está pronto o formulário de avaliação da participação da PJ no processo de Conferências de Juventude.

Vamos fazer chegar o formulário a todas as galeras da PJ que de alguma forma estiveram envolvidas na organização e/ou participação em qualquer uma das etapas da Conferência. É importante que todos nós preenchamos para darmos continuidade a esta rede e ações por meio da Campanha e do Projeto "A Juventude Quer Viver"!


Um banho de juventude

Dom Sinésio Bohn
Bispo Emérito de Santa Cruz do Sul

Em 1983, com a assessoria do Pe. Hilário Dick e Pe. Jorge Boran, realizamos na periferia de Brasília o 1º Encontro Nacional de Pastoral de Juventude. Agora, fui convidado a participar do 10º Encontro. São 700 participantes, na grande maioria jovens, com a presença de seus assessores. A Arquidiocese de Maringá, chamada também de “Cidade Canção”, nos acolhe no Centro de Formação, com linda capela redonda, um auditório moderno, junto ao Seminário Maior.

O arcebispo de Maringá é Dom Anaur Battisti, nascido no município de Progresso - RS, comunidade de Alto Honorato. O primeiro Arcebispo, Dom Jaime Coelho, acompanha a vida da Igreja. A primeira surpresa é a imensa Catedral, com sua torre apontando o infinito. Aliás, a própria cidade de Maringá tem um mar de “arranha-céus”, com estilo de cidade grande. As ruas de Maringá são túneis verdes, uma beleza de arborização!

O 10º Encontro é de entusiasmo e de encantamento. Mas sempre de novo ouço um grito de dor e de inconformidade: a violência contra os jovens, o extermínio de jovens! São 40.000 por ano?! Ou são 50.000?

Herodes matou os meninos de Belém, com medo do Menino da manjedoura. Qual é o Herodes que mata hoje nossa juventude? Haverá em Maringá a marcha contra o extermínio de jovens. Pretendemos participar.

Não é só poesia apoiar nossas juventudes. O Padre Gisley, assessor nacional iniciou a luta contra o extermínio de jovens. Foi morto à bala na periferia de Brasília. Tenho fé que nossa República encontre políticas públicas em favor da vida dos jovens.


O tema do 10º Encontro é: “Somos Igreja jovem”. E o lema: “Na ciranda da vida, a nossa missão é amar sem medida”. O lema é inspirado em João Evangelista (Jo 13,1): “Jesus, tendo amado os seus, amou-os até o fim”. Sempre que se fala na missão, soa primeiro o lema: “Amar sem medida”.

Estou fascinado com a organização, o protagonismo, o ideal evangelizador e o clima de amizade entre os delegados jovens do imenso Brasil. Criei a convicção de que é verdade o que se afirmou em Aparecida: “Os jovens são as sentinelas do amanhã”. Porém, já hoje anunciam um novo amanhecer. Para a Igreja, para a Pátria.


19 de janeiro de 2012

A experiência de um ENPJ

Jesus, tendo amado os seus, amou-os até o fim. (Jo 13,1)


As terras de Maringá/PR acolheram jovens de todo o Brasil, entre os dias 8 e 15 de janeiro deste ano, para viver o 10º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude. Foram dias de celebração da mística e da identidade dos grupos de base, reafirmando nosso jeito de ser e viver a missão. Para isso, a metodologia escolhida contemplou a vivência comunitária em pequenos grupos de partilha e também no grande grupo que compõe a assembleia, sendo espaço de partilha de projeto de vida e integração entre as diversas culturas do Brasil.

O texto bíblico de João 13,1 perpassou os dias de encontro, refletindo a essência da vida pastoral e motivando os jovens a compartilhar a experiência da vida missionária junto às comunidades que acolheram o encontro. Durante o terceiro dia, os mais de 600 jovens e assessores saíram em missão, visitando casas de família, hospitais, comunidades do meio rural, rezando e abençoando as famílias. O tema “Somos Igreja jovem” foi vivido na prática da ação pastoral, impulsionados pela dimensão evangélica que motiva a ir ao encontro dos necessitados, amando-os até o fim.

Neste espírito de unidade, a Pastoral da Juventude lançou durante o encontro a publicação “Somos Igreja Jovem – um jeito de ser e fazer”, reafirmando a sua identidade como igreja protagonista do Reino. A publicação foi distribuída para todo o Brasil com o intuito de ser um subsídio de estudos para os grupos de jovens e toda a Igreja. Também os assessores de todo o Brasil tiveram espaço para se encontrar e reafirmar a opção profética pela juventude. Nesta oportunidade, confirmou-se o Encontro Nacional de Assessores entre os dias 17 e 19 de agosto de 2012 com local ainda a ser definido. Este será espaço de partilha e renovação do compromisso com o acompanhamento juvenil.

Intensos foram os momentos de mística nas celebrações eucarísticas e nas rezas do Ofício Divino da Juventude. O Deus presente na vida do povo reanimou a experiência pastoral e missionária, sendo fonte de vida para a Pastoral da Juventude em todo o Brasil.

A experiência vivida pelos delegados do Rio Grande do Sul afirmou a identidade vivida pelos jovens do Estado, colaborando na integração e na necessidade de aprofundar as relações organizativas da Pastoral da Juventude no Regional Sul III. Às vésperas da Jornada Mundial da Juventude, os jovens apresentaram-se dispostos a viver a experiência do encontro com povos do mundo todo, celebrando a vida em Jesus de Nazaré.

Na alegria da partilha e na certeza de que é impossível relatar a profundidade das vivências deste encontro, concluo esse breve relato, valorizando a oportunidade de poder representar a Pastoral da Juventude do Vicariato de Gravataí neste espaço de âmbito nacional.

Fabrício Preto
Assessor da Pastoral da Juventude do Vicariato de Gravataí

18 de janeiro de 2012

Acampamento da Juventude na Romaria da Terra de 2012


A Juventude do Rio Grande do Sul estará reunida para mais uma Romaria da Terra.


Tradicionalmente a Juventude do Rio Grande do Sul tem presença ativa e intensa nas edições da Romaria da Terra, e neste ano de 2012 não será diferente. Seguindo a temática da Romaria, acontecerá a partir do dia 19 de fevereiro o Acampamento da Juventude.

Do domingo, dia 19 até a manhã de terça-feira dia 21, dia em que acontece a Romaria, os jovens do Rio Grande do Sul estarão reunidos refletindo e celebrando sobre diversos temas, dentre eles sobre a Campanha contra a Violência e Extermínio da Juventude. Além desta temática, os jovens participantes do acampamento estarão refletindo sobre a situação da Agricultura Familiar, bem como a situação e permanência do jovem no meio rural e camponês.

Organize sua caravana e venha participar do Acampamento da Juventude na 35ª Romaria da Terra.
Maiores informações com Fernando Nonnemacher, pelos fones (55) 99315565 ou (55) 84383029, ou ainda pelo e-mail fernando.none@hotmail.com. Com Eduardo Limberger (Semi-Liberado Diocesano) pelo fone (55) 96201255 ou pelo e-mail eduardo-berger@hotmail.com e com Givago (CDPJ) pelo fone (55) 9154 3435 ou pelo e-mail givagopetri@gmail.com


Organização do Acampamento



IMPORTANTE: Para quem vem a Santo Cristo, é necessário que se oriente em direção à Santa Rosa (todos os ônibus vão até Santa Rosa. De lá, partem outros para Santo Cristo.) Seguem horários de ônibus para Santo Cristo, no domingo, dia 19: 7h30min, 8h30min, 18h30min, 19h25min

Quando chegarem na cidade de Santo Cristo, dirigir-se à frente da Igreja Matriz Ascensão do Senhor, pois de lá, haverá condução até a Bom Princípio Baixo, local do Acampamento.

Programação:

Domingo (19/02)
20h30min – Celebração de acolhida na comunidade de Bom Princípio Baixo
22h – Encaminhamentos, informações, após, repouso.

Segunda (20/02)
7h30min – Café da manhã
8h15min – Espiritualidade/Animação
8h30min – Apresentação do cronograma do Acampamento (organização)
9h – Apresentação das Temáticas do Acampamento
    Campanha contra o Extermínio da Juventude (Assessoria – Equipe da Campanha)
    Análise de Conjuntura, Sucessão Rural, Políticas Públicas para a Juventude (Assessoria – Dep. Fed. Bohn                          
                 Gass e Dep. Est. Jéferson Fernandes)
    Agricultura Familiar Camponesa: Vida com Saúde e Histórico das Romarias da Terra  (Assessoria – CPT)
    Água como um direito humano / Barragens (Assessoria – MAB)
    Projetos alternativos para a Juventude Rural (Assessoria Lisiane Cunha)
10h45min – Intervalo
13h – Almoço
15h – Apresentação de Painéis
16h – Auxílio nas atividades da Romaria (Trabalho na Comunidade e organização da Acolhida)
19h – Painel com Dom Guilherme Werlang, Presidente da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB.
20h – Celebração
21h30min – Janta
22h – Integração.

Terça (21/02)
Dia da Romaria.
A juventude presente no Acampamento estará fazendo a acolhida das caravanas nos trevos de acesso à Santo Cristo.

OBS.: A programação está sujeita a alterações.


ATENÇÃO JUVENTUDE!!!!

Além de trazer muita alegria, animação, empolgação que é típico da juventude do Rio Grande do Sul, traga em sua mala os seguintes materiais:

    Travesseiro e roupa de cama
    Material de Higiene pessoal
    Material de Anotação
    Boné e Protetor Solar

Nesta edição do Acampamento, estaremos todos acampados dentro do salão da comunidade e para tanto, não é necessário levar barraca, pois estaremos providenciando colchões para todos os participantes. Caso alguém queira trazer sua barraca, poderá faze-lo da mesma forma.

Caso necessitem de maiores informações, estamos todos a disposição.

Forte abraço da Coordenação do Acampamento 2012

Palavras partilhadas, alguns retalhos de Maringá

Enquanto houver pessoas capazes de rejeitar projetos próprios, haverá Esperança, Dorcelina Folador



Muitas são os jeitos de falar sobre o 10º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude, nas terras roxas de Maringá. Muitos são os olhares e as reverberações encontrados pela caminhada dos dias, ora ensolarados, ora chuvosos, em torno da celebração do tema “Somos Igreja Jovem” e do lema “Na Ciranda da vida, a nossa missão é amar sem medida”.  A palavra, venha de onde vier e chegue de onde chegar, é oralidade das partilhas que perpassaram nossos corpos.  É como um cachecol de memória, carregados de retalhados da caminhada. Cada retalho de um tom e de uma textura peculiar. Cada retalho com histórias de insistências, descobertas e coletividade. Aqui no Sul, pela estética do frio, o cachecol é um poema do cheiro do nosso corpo, já que protege umas das partes mais sensíveis.  Vários cachecóis coloridos, de variados formas de entrelaçar os fios, trançam muitas outras histórias que revelam o chão e os condicionamentos das suas tecelagens. 

Posto os retalhos das memórias de Maringá, a linha trata de alinhavá-los uns aos outros, costurando-os de essência similar, de re-significações para o regresso à comunidade, das chegadas e partidas dos companheiros e companheiras [e junto delas, as saudades re-inventadas pelo Vento] e das bandeiras de Lutas que teimam em caminhar junto à Igreja Jovem. Muitos dos retalhos das vivências por lá, apresentam fios de continuidade a um dos fatos ímpares da nossa caminhada pastoral, a Romaria dos Mártires e das Mártires da Caminhada [julho de 2011, em Ribeirão Cascalheira] e os conduzem ao tecido inerente da vida na Igreja, desde os tempos de coroinhas [quando a Paróquia São José era terreno de trabalho intenso e de práxis libertadora, conduzida pelos Franciscanos da Ordem Menor], até os últimos sete anos de caminhada concretizada na Pastoral da Juventude [quando surgiu o convite para participarmos da Escola Bíblica Litúrgica para a Juventude, numa proposta do IPJ/RS, congregações e diocese para re-articular a PJ nestas terras serranas] e nos espaços de participação social e comunhão com outras organizações do povo que ela permitiu. 

Nas próximas (entre)linhas, as tecelagens de Maringá + as inquietações feito agulhas nas pontas dos dedos = cheiros de palavras úmidas, com silêncios de eucaliptos. 

O missionário missiona à medida que ele mesmo é missionado, Pedro Casaldáliga 

Na Ciranda da Vida, a Pastoral da Juventude afirmou a sua missão de serviço à defesa da vida da juventude. Nossa missão é a o agir concreto, cotidiano lá na comunidade eclesial com os grupo de jovens, terrenos de resistência e de esperança [como partilha meu amigo, Rafael Barros]. É o serviço à Missão-práxis, que anuncia um rosto libertador de Cristo Jesus e que quer construir o Reino, na denúncia das situações de morte contra a juventude e no compromisso da gratuidade deslumbrada, que gera Vida. Somos felizes na comunidade, portando o regresso a ela é de muitas sementes para gerar novos grupos de jovens, de teimosia em estudar e multiplicar o nosso Subsídio de Estudo e de fidelidade ao projeto do Reino. 

Será buena tan buena la jornada que desde ya mi soledad se espanta, Mario Benedetti 

A PJ, na sua formação integral, ao insistir na coletividade que espanta a solidão, revela a sua ternura de construir projetos de vida que rejeitam propostas individualistas. Seus projetos de vida são de comunhão e de participação, duas palavras que transbordam a dimensão comunitária e fraterna que o mundo necessita de forma gritante. Grupos de jovens, na proposta libertadora, são multiplicadores de vidas coletivas. 

Porque as arvores escondem o esplendor de suas raízes? Pablo Neruda 

Há palavras engasgadas que a conjuntura interna quer calá-las. Pastoral da Juventude são árvores de raízes profundas. Há muitos medos, muitos cortes, assim como muita lucidez crítica, solidariedade fraterna e teimosa esperança pascal de acolher a Cruz com Batuque! Parafraseando o profeta Dom Pedro Casaldáliga, no então Jubileu 2000, a JMJ está se encaminhando para um “festival catolicista ou cristianista ou um tempo forte de denunciar profeticamente o anti-Reino neoliberal e de anunciar profeticamente o Deus da Vida, da justiça e da Paz[...]? Ainda militantes, ainda chatos e chatas, ainda cantando “comungar é tornar-se um perigo”, afinal nossa opção é não lightizar o Evangelho. 

É a vida que se indaga, que se faz projeto, Paulo Freire 

A proposta de formação integral da Pastoral da Juventude, de abranger todas as dimensões da jovem e do jovem, numa caminhada de educação na fé, abarca um processo educativo e pedagógico de espantar muita teoria e espiritualidade que mulita os corpos-almas. Muitos dos olhares sobre a educação e a sociedade, por parte de muitos jovens militantes da PJ, em outros espaços de participação e organização do povo, ou mesmo no trabalho, são decorrentes desse processo pedagógico, cuja uma das principais referências é Paulo Freire, [sem dúvida um dos educadores mais coerentes na sua teoria-prática {práxis}]. Na dimensão de tecer relações uns com os outros e outras, eis que é colocado um desafio na roda, um desafio para pensar, sentir, perceber, compreender: as relações de gênero. O manto do silêncio ainda permanece sobre nossos corpos quando a prosa é sobre mulheres e a criminalizações de outras opções de afetividade.
- “Ora, todo amor não decorre de Deus?” Frei Betto. 
- Ora, “o nosso dia-dia é espaço sagrado porque é o lugar onde acontecem as relações entre as pessoas, na casa, no tanque, na cozinha, na roça. Por isso, deve ser lugar de justiça, de igualdade e de amor”, Elaine Neuenfeldt. 

En dónde están los profetas que en otro tiempo nos dieronlas esperanzas y fuerzas para andar? 

Dom Pedro Casaldáliga estava lá, em Maringá. Numa das manhãs nos contou sobre a Esperança. Mais uma vez, re-lembrou das palavras que professou na Romaria dos e das Mártires: Podem nos tirar tudo, menos a via da esperança. Permito aqui transcrever parte de sua fala ao final da celebração [no dia 17 de julho de 2011]: [...]Eu peço também para vocês que não esqueçam do sangue dos mártires. Tem gente, na própria Igreja, que acha que chega de falar de mártires. O dia que chegar de falar de mártires deveríamos apagar o Novo Testamento, fechar o rosto de Jesus. 
Assumam a Romaria dos Mártires, multipliquem a Romaria dos Mártires, sempre, recordemos bem, assumindo as causas dos mártires. Pelas causas pelas quais morreram, nós vamos dedicar, vamos doar, e se for preciso morrer, a nossa própria vida também [...].  A Pastoral da Juventude insiste ainda em alumiar sua caminhada com a memória do sangue mártir, pois é sonho de sociedade, de mundo de irmãs e irmãos.   

Choro virou alegria, a fome virou fartura e na festa da colheita, viola em noite de lua. Mutirão é harmonia, com cheiro de natureza, o sol se esconde na serra e a gente ascende a fogueira, Zé Pinto 

Como num prato antropofágico, que a leitura destas palavras possa ser servida do deleite de novas inquietações! Amém, Axé, Awerê, Aleluia! 

Pâmela Cervelin Grassi.

9 de janeiro de 2012

10º ENPJ começa em Maringá-PR

por Fabrício Preto - Núcleo Betânia e assessor
PJ do Vicariato de Gravataí

A Arquidiocese de Maringá/PR acolhe com alegria jovens e assessores de todo o Brasil para celebrar o 10º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude – ENPJ que se realiza entre os dias 8 e 15 de janeiro. Neste período, aproximadamente setecentos pessoas se encontram para celebrar o trabalho realizado em cada chão dos diferentes estados brasileiros.

Os participantes são chamados a reafirmar sua eclesialidade refletindo e celebrando o tema “Somos Igreja Jovem”, à luz da celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II, das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil (DGAE) e do Plano de Ação Pastoral da PJ. Embalados pelo lema “Na Ciranda da vida, a nossa missão é amar sem medida”, os jovens participantes celebrarão e se animarão para que, a exemplo do Jovem de Nazaré, vivam em comunidade e juntos possam defender a vida da juventude.

A delegação do Regional Sul está presente com cerca de 40 jovens e assessores de quase todas as dioceses: Porto Alegre, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Montenegro, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Uruguaiana, Diocese de Santo Ângelo, Pelotas, Rio Grande, Bagé, Passo Fundo, Erexim e Vacaria. Também estão conosco assessores do Núcleo Betânia e da ONG Trilha Cidadã.

ACOMPANHEM O ENPJ PELO SITE NACIONAL: www.pj.org.br/enpj